uma madrugada gelada

escrevi isso com sono e triste, se tiver algo bobo, ignora. eu sou boba.

Eu escrevi isso faz uns 5 ou 6 meses, talvez até mais... Então é uma mini carta do passado, um fragmento de um diário meu que encontrei agora e resolvi postar. 

Boa manhã, tarde ou noite. Não sei bem se tem alguém lendo isso, na real, mas faz muito tempo que deixei de me importar com isso. Não me deixa mais tão triste saber que posso estar falando sozinha. De qualquer forma, visitantes são sempre muito bem vindos em meu coração, então se você estiver lendo isso, eu digo oi. 

Como vão as coisas? Comigo vai tudo... mais ou menos, pra falar a verdade. De repente, me sinto um tanto melancólica e chateada, parece que nada tá fazendo muito sentido por agora. Esses momentos, esses em que eu acabo por pensar demais e afundar em um mar esquisito e gelado, na realidade até que são bem breves, então eu tenho previsões de melhoras. Eu espero que vocês estejam sentindo o oposto do que eu sinto agora ou algo melhor ainda. Coisas boas esperam a gente, então se algo estiver ruim pra você também, saiba que tudo sempre melhora no final. 

Não sei bem o que dizer aqui. Eu meio que só peguei o notebook agora porque tá um pouco gelado e eu tô me sentindo um pouco sozinha, aí lembrei que tenho isso aqui, um blog e tudo mais. Provavelmente esse som das teclas estão fazendo um baita barulho, mas eu ouço roncos vindo do quarto, então acho que nenhum sono profundo vai ser interrompido por isso. Eu espero.

Vocês já se sentiram excluídos de algo? Tipo, quando você gosta muito de alguma coisa e quer ter pessoas que gostam disso também pra conversar, mas você acaba não falando com ninguém e tendo que aproveitar tudo sozinho... É tão bobinho, mas eu não sei como evitar e acabo ficando triste por isso.

Fico me sentindo sozinha porque quero falar de coisas que não dá pra falar com qualquer um, porque seria esquisito e eu ficaria sem graça. Tipo, olha esse cabelo do Key nesse MV, o que cê acha? ou Caraca, eu realmente gosto tanto dessa música, desse álbum, dessa coisa aqui. Não dá pra falar disso e de mais 300 coisas com pessoas que não gostam dessas coisas, seria muito irritante, não é?

Por isso eu crio diálogos comigo mesma, que nem uma doida mesmo. Falo comigo sobre o que acho do Taemin na era Sherlock ou qualquer outro comentário esquecível e idiota, porque acho que só tenho eu pra falar de coisas que amo. E agora eu tenho aqui, mas aposto que se eu falasse dessas coisas também, ninguém ligaria. Acho que menti quando disse que não me importo em ficar sozinha. Talvez isso seja melancólico demais. 

De qualquer forma, eu espero que as coisas mudem, eu sinto que vão mudar. Talvez — só talvez — eu tome coragem e chame alguém pra conversar, e aí teria alguém pra compartilhar esses momentos extras. Eu tenho poucos amigos agora, mas se eu parasse de tanta baitolice, talvez teria mais. É tudo uma questão de querer, no fim das coisas. Você quer, manda mensagem, puxa assunto, e aí vem mais uma amizade pra coleção. Talvez ela dure um dia ou duas semanas, mas você vai se lembrar dela por bastante tempo. Eu pelo menos sempre lembro.

Último comentário do dia, antes de eu ir embora pra ler Para Todos os Garotos que Já Amei esse livro tá tão fofinho, eu tô amando: Vocês já escutaram jazz? Eu não sou expert no gênero, muitíssimo pelo contrário, mas eu gosto de algumas músicas. Algumas são relaxantes, outras mais animadinhas... eu acho bem legal. Se quiserem ouvir, eu recomendo Chet Baker, é muito doce. O Jonghyun fez umas músicas inspiradas no Jazz e são surreais, também. Eu recomendo essa e essa.

Acho que vou embora agora. Me bateu um soninho, mas realmente quero ler antes de dormir. Talvez isso me inspire a continuar o romance que tô escrevendo. Quando ele estiver pronto, prometo que posto aqui. 

Até mais, fica bem ♥ beba muita água e veja coisinhas felizes.

As coisas ficam dolorosas com o tempo. Como se meu coração perdesse o fio da meada, como se meu corpo estivesse esticado e colado em um piso gelado, frívolo e solitário... Meu coração ainda dói, mas a esperança que reside em minhas veias nunca me abandona. — eu.